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No cenário da tecnologia assistiva, o desenvolvimento do mouse de cabeça Colibri representa não apenas um enorme avanço em termos de funcionalidade, mas também um símbolo de inclusão e autonomia para pessoas com deficiência. “Por que o Colibri? Ele é para quem não consegue interagir com uma tela de toque, um teclado ou mouse convencionais, porque geralmente ela não tem a movimentação dos membros”, conta Henrique Latorre, responsável pelo primeiro voo do Colibri e CTO da Colibri. 

Desenvolvido com base em uma necessidade real e impulsionado por uma visão de proporcionar acesso equitativo à tecnologia, o Colibri é mais do que um mouse de cabeça; é uma solução inovadora que vem tornando o universo da tecnologia mais acessível, de maneira muito simples e descomplicada. “O que o mouse precisa para funcionar de forma completa: apenas o movimento da cabeça”, explica Henrique. 

Como o mouse Colibri alçou seu primeiro voo

A história por trás do primeiro voo do mouse Colibri começou com uma simples necessidade: oferecer acessibilidade e autonomia a pessoas com deficiência. A ideia nasceu quando a equipe conheceu Mikael, que enfrentava desafios de mobilidade devido à artrogripose, uma condição que afeta as articulações. Com seu desejo de jogar videogame, Mikael encontrou maneiras criativas, mas desconfortáveis, de usar seu celular. 

Observando isso, seu pai, realizou diversas pesquisas e acabou se deparando com a equipe da Colibri, mas que, até então, não possuía ainda um hardware neste nível. Essa experiência motivou todo o time a buscar desenvolver uma solução que fosse prática, leve, simples de usar, e que pudesse permitir a independência do Mikael no seu dia a dia enquanto realiza sua atividade favorita: jogar.

O primeiro protótipo do Colibri foi enviado para Mikael, que rapidamente testou o produto e o enviou de volta, com a ajuda de seu pai, fornecendo feedbacks valiosos. “A adaptação foi surpreendentemente rápida, mas vimos que tinha coisas para melhorar. Foi uma solução que o atendeu muito bem e vimos que podia atender mais pessoas, então vimos quais parâmetros podíamos melhorar para isso”, explica Henrique. 

No entanto, o desenvolvimento da tecnologia do Colibri não parou apenas em Mikael. Sua melhora contínua envolveu uma série de e melhorias, cada uma impulsionando a solução mais completa para atingir uma gama ainda maior de pessoas com deficiência, como conta Henrique: “Vimos que podíamos fazer algo compacto, bluetooth, mais leve. Então projetamos toda a eletrônica, inicialmente em impressão 3D, até o lançamento da primeira versão do Colibri. Assim começamos a oferecer para quem nos buscava, pessoas com deficiências motoras, buscando soluções para os mais diversos problemas que podemos imaginar”.

Evolução contínua para a perfeição

Equipado com sensores precisos e conectividade Bluetooth, o Colibri oferece uma experiência de usuário fluida e eficiente. Além disso, sua bateria recarregável garante longa duração, proporcionando praticidade e confiabilidade.

Sua tecnologia avançada permite que os usuários controlem dispositivos eletrônicos usando movimentos intuitivos da cabeça e o piscar dos olhos. Ainda é possível reconfigurar o equipamento para que, caso o piscar dos olhos não seja possível, o usuário possa selecionar outras opções de clique. 

É possível também ajustar a velocidade do movimento do cursor, além de diversas outras adaptações para que o Colibri se adeque às necessidades de cada indivíduo. “Principalmente para quem tem doenças que são degenerativas ou que estão em processo de recuperação, essa configurabilidade é muito boa para realmente permitir que a pessoa permaneça com o mesmo aparelho por mais tempo”. 

Desde os primeiros protótipos até o produto final, a equipe trabalhou incansavelmente para refinar cada aspecto do Colibri. Através de testes rigorosos e feedbacks valiosos dos usuários, começando com Mikael, o Colibri evoluiu para se tornar o dispositivo acessível e intuitivo que é hoje. “Hoje temos quase  40 parâmetros configuráveis em função do aprendizado que tivemos com nossos assinantes. O modelo que oferecemos torna o produto mais acessível e garante que as pessoas vão ter os seus problemas resolvidos”, explicou o desenvolvedor. 

Sua interface simplificada, design ergonômico e variedade de recursos personalizáveis o tornam uma ferramenta indispensável para pessoas com dificuldades motoras. 

Colibri

Inovando em acessibilidade digital, a startup brasileira Colibri Interfaces e Tecnologia amplia o potencial das pessoas com deficiência por entender o ser humano acima da tecnologia.

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